quinta-feira, 28 de maio de 2020

Sugestões de leitura para interessados em educação cristã.


APOSTILA
Para professores de Bíblia, iniciantes ou veteranos, a capacitação é fundamental. Diploma de teologia, boa oratória e personalidade cativante são qualificações importantes para o magistério cristão, mas a realidade da sala de aula requer contextualização e conhecimento das técnicas de ensino também. Além dos professores, a equipe pedagógica e a liderança da igreja devem conhecer as peculiaridades da educação cristã a fim de planejar e promover ações educativas eficazes e combater a evasão dos aprendizes.

Há muitos excelentes livros, sites e periódicos, para formar novos professores e proporcionar formação continuada aos mais experientes. A partir desse material foi preparada a apostila Reflexões sobre Educação Cristã que reúne os principais tópicos da pedagogia bíblica numa compilação do pensamento e práticas de diversos expoentes da didática aplicada à instrução cristã. 

Site dedicado ao compartilhamento do conteúdo da apostila: 
📓 https://cinolicosva.wordpress.com/



LIVRO
O aprendizado bíblico colaborativo é mais instigante e agradável quando comparado às aulas ministradas exclusivamente por preleções unilaterais. 

Para professores curiosos e equipes pedagógicas que desejam fugir da rotina da sala de aula na escola dominical, o livro Projetos Colaborativos para EBD, foi escrito para auxiliar na elaboração de projetos pedagógicos envolventes. Contém reflexões sobre as necessidades do público contemporâneo, sugestões de programas alternativos para estudos bíblicos enquanto provoca no leitor o desejo por conhecer mais a Palavra de Deus através das atividades propostas. 

Site de divulgação do livro: 



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Somos Árvores!





Essa mensagem é um estímulo às boas obras, Hebreus 10.24. 

Parafraseando o apóstolo João em sua primeira carta, capítulo 2, verso 21: Não falo a vocês porque não conhecem a verdade, mas porque a conhecem e nenhuma mentira procede da verdade. Os filhos de Deus conhecem a verdade, pois foram libertos pela verdade, João 8.32.

O Salmo 15 diz: Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar, que nenhum mal faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo, que rejeita quem merece desprezo, mas honra os que temem ao Senhor, que mantém sua palavra, mesmo quando sai prejudicado, que não empresta o seu dinheiro visando lucro nem aceita suborno contra o inocente. Quem assim procede nunca será abalado


UAUUUU! Que palavra direta e reveladora. Papo reto, sem sutileza ou eufemismos.
Quem terá o privilégio de passar a eternidade com o Senhor? A resposta é muito clara, vai direto ao alvo: nossa mente, nosso lado racional. Começamos a pensar em nosso comportamento, naquilo que temos feito... há muito o que se meditar nesse texto, mas quero focar num aspecto: a integridade no falar.

Mais características dos filhos de Deus, encontramos no sermão do monte, Mateus capítulos 5 a 7. É um resumo do código de conduta dos cidadãos do Reino de Deus. Ao fim do discurso Jesus diz que toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, Mateus 7.17-21. Sendo assim, a verbalização do que se passa no coração (sentimento) e na mente (pensamento) será bom ou mau. Não há espaço para relativização ou atenuantes.



Somos árvores! No caso dos justos, os troncos estão plantados na Casa de Deus, no seu santuário. Como árvores postas à beira de águas abundantes, produzem frutos bons e na estação própria, Salmos 92.13-15 e 1.3.

Felizmente, para discernir o que é bom ou mau, temos a Palavra de Deus como bússola que orienta a caminhada cristã. Até mesmo questões modernas, inexistentes há dois mil anos, são elucidadas pelos princípios bíblicos. Sendo o assunto dessa reflexão a integridade no falar, a ênfase será na honestidade, ou não, das informações que compartilhamos.

Fato é que a Bíblia está repleta de ensinamentos sobre sinceridade, a verdade das palavras, alertas contra a hipocrisia, a língua enganosa e lisonjeira. As Escrituras também fazem apologia ao linguajar sadio, santo, temperado com sal (purificado). Tiago comenta que a língua é órgão incendiado pelo inferno. Usando a mesma analogia das árvores e seus frutos que Jesus apresenta no sermão do monte, fala que plantas só produzem frutos segundo sua espécie. Foi além, quando explicou que é impossível uma fonte dar água salgada e doce ao mesmo tempo, Tiago 3.11, 12. A palavra do cristão deve ser sim, sim ou não, não, Mateus 5.37. Não há espaço para “eu não sabia que faltar com a verdade era pecado”. Também não se pode compartimentalizar a conduta cristã. Ou seja, ser fiel em algumas áreas, noutras nem tanto...

Pedro, um dos apóstolos mais chegados a Jesus, afirmou que a profecia de Isaías 53 se cumpriu plenamente pois na boca do Mestre: nunca nenhum engano foi encontrado, I Pedro 2.22. Sendo assim, como poderíamos pensar que algum tipo de mentira pode ser admissível para um seguidor de Jesus? Não nos confundamos, não existe ‘mentira branca’ ou mentirinha. Pelo contrário, Jesus disse que Satanás é o pai da mentira, João 8.44: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira”. Mentira não é um atributo de Deus. Números 23.19a: Deus não é ser humano para que minta, nem filho do homem para que se retrate (arrependa). É simples: Ele não mente. Assim, quando mentimos estamos nos portanto como filhos de quem? Somos filhos de Deus, andemos como filhos de Deus: em verdade! III João vv.4.

Mentiras faladas ou escritas são pecados. Seja qual for o objetivo quando uma pessoa mente, ela está pecando. Se um cristão mente desagrada a Deus e contraria a vocação de filho de Deus. Todos sabemos disso, mas a verdade é que mentiras são divulgadas através das redes sociais e compartilhadas até pelos crentes. Só que, por vários motivos, elas roubam a nossa paz.

Primeiramente porque assustam as pessoas ou causam revolta.

Em segundo lugar, podem provocar ações perigosas como violência, pânico, atitudes precipitadas.

Para piorar, afasta a pessoa da presença de Deus porque é pecado. Isso dá legalidade para o inimigo de nossas almas agir.

Por último, causam irritação no destinatário que recebe uma notícia falsa. Quantas vezes já pensamos: “- Ah não, mais uma fake news!”.

Fakes news não é uma invenção do 2º milênio, começou no Éden com Satanás. Ele mentiu e enganou Eva. Usou elementos verdadeiros, mas distorceu a verdade. Entregou uma notícia falsa para Eva: você pode ser como Deus. Está em Gênesis 3.1, 4 e 5. Isso é um sofisma, um argumento capcioso que tem aparência de verdade, algo distorcido.

Sobre isso, o conselho de Paulo de Tarso em Efésios 5.6-16, tem um peso enorme: Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros. porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade , justiça e verdade); Aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta. por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. 

Verdadeiramente o Senhor inspirou Paulo a escrever ao povo de Éfeso mas suas palavras são também para nós, nesses tempos trabalhosos de 202o. Sim ,pois parece que ele está vivendo conosco nesse tempo presente. Temos sido inundados com fake news. Somos estimulados a divulgar mensagens escandalosas e preocupantes. muitas vezes os argumentos tem aparência nobre: para ajudar alguém, para desmascarar ou impedir algo. As motivações para criação e disseminação de fake news incluem intenção de defender um posicionamento por má interpretação de fatos, ignorância ou confiança simplória.

Existe também dolo, com propósito de espalhar desinformação. Quem dissemina notícias falsas pode cometer difamação, calúnia. Judicialmente, esses crimes preveem punição que pode incluir indenizações e detenção. Por isso antes de compartilhar, o correto é analisar se o conteúdo é verdadeiro e agradável. No aspecto verdadeiro vamos ponderar: quais as fontes? Qual o propósito? A quem se destina? No quesito agradável, vai trazer edificação? Vai alarmar, angustiar? Vai fortalecer um comportamento de rebeldia? Pode provocar atitudes precipitadas? Tem respaldo científico ou testemunhas idôneas podem comprovar a veracidade? Os acontecimentos relatados e os resultados das ações podem ter interpretação dúbia? Isso é necessário porque fake news são sempre danosas, especialmente nos momentos de crises e incertezas


Refletir nessas questões provavelmente impedirá de cairmos na cilada de passar adiante notícias falsas.



Porém, infelizmente, há quem acredite em informações absurdas só porque acham que tudo é possível, vindo de alguma direção. O motivo porque muitos caem nas armadilhas é porque idolatram alguém ou uma causa. Aceitam tudo que vem deles sem filtro, nem criticidade. Por outro lado, a ingenuidade, a desconfiança e o ódio por algo, levam as pessoas a serem enganadas e manipuladas. Há uma sabedoria diabólica para criar obras perversas. Existem pessoas que mentem, tem ambições egoístas, ações maliciosas, sentimentos facciosos Tg 3.14-16. É preciso reconhecer que muita gente não tem escrúpulos e inventa mentiras. Compartilhar as mentiras deles nos faz cúmplices, associados, Efésios 5.7, 11. Os remetentes, inclusive, encorajam o compartilhamento com o maior número de pessoas. Se fizermos isso, espiritualmente seremos filhos do Diabo. É pesado mas é real.



Na carta aos gálatas, Paulo se mostra surpreso pelos irmãos abandonarem a fé elementar e admitirem um comportamento diferente do que haviam aprendido. Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade? Tal persuasão não provém daquele que os chama. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Gálatas 5.7-9. Pensando bem, vemos que pequenos erros não são inofensivos. Sejamos irrepreensíveis: Se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus não poderemos entrar no Reino dos céus Mateus 5.20. Ou seja, temos que nos comparar com o modelo de perfeição humana, Jesus, que não abrigava engano em sua boca. Efésios 4.13 diz que precisamos chegar à estatura de varão perfeito. 


No AT Aimaás era um mensageiro que atuou durante um período no reinado de Davi. Parece que ele era fissurado em repassar notícias, II Samuel 18.19, 22. Uma pergunta pertinente: será que estamos com a síndrome de Aimaás? Será que temos tanta pressa de divulgar novidades que nem discernimos se são boas ou ruins, verdadeiras ou falsas? Está certo que temos sido inundados de informações e notícias. As crises se avolumam e estamos mergulhados nelas. O que nos leva a desabafar, querer dividir descobertas. Mas é necessário ter equilíbrio. Alguns conselhos procure realizar tarefas novas, distrações, leituras. Tudo isso para que não fiquemos sufocados com as notícias que nos chegam. Sem dúvida são preocupantes, porém podemos mudar algo? Não andeis ansiosos com coisa alguma diz Paulo em Filipenses 4.6. Isso nos reconduz ao sermão do monte, ao trecho sobre a solicitude da vida, Mateus 6.25-34. As mentiras que ajudamos a espalhar são inimigas da paz e contrárias às boas notícias, Os pés formosos são daqueles que anunciam boas novas, não dos que contam falsas novidades, Isaías 52.7 e Romanos 10.15

Interessante que há pessoas querendo combater aquilo que julgam perigoso ou condenável com armas das trevas. O rei dos moabitas, Balaque, temeu os hebreus. Ao ouvir da fama de Israel que passava vitorioso sobre as terras de outros povos, arquitetou estragema sujo para derrotá-los. Ele usou armas carnais. Não deu certo. Em contraste temos o exemplo de Ezequias. Esse rei temente a Deus, diante de ameaça de ataque de Senaqueribe, monarca cuja reputação intimidava os adversários, buscou ao Senhor e instou o povo a crer no agir de Deus, II Crônicas 32.8. Uma diferença enorme. Então, que fazer diante de ameaças? Lutar com armas carnais é que não... porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas, II Coríntios 10.3, 4. 

Não se combate o mal com mal, não é o modo de agir do cristão. Ao presenciar ações malignas não podemos nos omitir, porém nada na Palavra de Deus nos autoriza a criar enganos, divulgar mentiras para desmoralizar ninguém. Numa carta ao pastor Tito, Paulo diz: Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom, não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens, Tito 3.1 e 2. Calúnia é uma acusação falsa que fere a honra ou a reputação, juridicamente falando. É mentira, invenção, embuste.

Segundo o dicionário, caluniar é ofender com calúnias, difamar por meio de acusações, conscientemente, falsas. Vivemos tempos trabalhosos com abundância de pessoas caluniadoras, afaste-se deles, recomendou Paulo, II Timóteo 3.1-3. Se as redes sociais te fazem tropeçar, se provocam ansiedade, se roubam sua paz, dê um tempo! Afaste-se delas. A paz do Senhor seja o árbitro do nosso coração, Colossenses 3.15.



Em Naum 3.1, vemos o motivo para a destruição de Nínive: punição para a capital do perverso império assírio. Chama atenção as palavras 'cidade cheia de mentiras'. Na versão NVI  'repleta de fraudes'. Como a iniquidade se multiplica em terra propícia. O fermento levedando a massa... abismo que chama outro abismo... Salmo 42.7. Onde há engano a malignidade se multiplica!

Resumindo, a pressa em repassar notícias pode trazer problemas sérios: processo judicial, perseguição, vergonha, inimizades, falta de paz. Porém, quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo... Efésios 4.22-25. Abandonemos comportamentos perniciosos: livrem-se de toda a maldade, engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência, I Pedro 2.1. Quem é santo, santifique-se mais ainda, Apocalipse 22.11,

Quem habitará no santuário de Deus? Aquele que fala a verdade e não usa a língua para difamar, não lança calúnia contra o seu próximo! 


A canção do pregador Luo, “Árvore de bons frutos”, conclui essa reflexão:
Árvore que não produz fruto só serve pra queimar e virar cinza na fogueira

Eu vou fazer tudo que a palavra diz pois machado nenhum vai cortar a minha raiz! Jesus é o jardineiro e as árvores somos nós.



Fontes de pesquisa: