quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Canjica Festiva

Canjica é um alimento feito com grãos de milho branco ou amarelo cozido em água e açúcar. 

Recebe o nome de Mungunzá nos estados do nordeste do Brasil.

Nunca fui muito fã, mas como é uma iguaria comum na estação mais fria, resolvi experimentar criar uma receita própria, que agradasse a mim e minha família. 

Esse foi o resultado: 

INGREDIENTES

- 1 pacote de milho para canjica amarelo

- 1 litro de leite

- 1 xícara de açúcar

- 2 pedaços de canela em rama

- 5 cravos da índia

- 1 pitada de sal

- 1 pacote de coco ralado

- 6 paçocas

- 1 caixa de leite condensado

MODO QUE PREAPAREI

Deixei o milho de molho por 9 horas. Então cozinhei por 40 minutos (se usar panela de pressão, deve cozinhar mais rápido). Nesse momento, coloquei uma pitada de sal a canela e os cravos. Acrescentei água aos poucos, conforme o milho inchava, sempre deixando apenas cobrir os grãos. Quando completou 1 hora no fogo, acrescentei o coco, o açúcar e 2 xícaras de leite. Deixei cozinhando por mais 30 minutos e então acrescentei o leite condensado e as paçocas esfareladas. Nesse momento é preciso reduzir o fogo e mexer constantemente para não grudar na panela. Por fim, acrescenta o resto do leite e o leite de coco. Deixei ferver com esses ingredientes. A canjica ficou pronta, agora é só deixar esfriar para apurar o sabor.

Dá pra comer quente no lanche ou gelada como uma sobremesa. Nesse caso o molho engrossa e é bom colocar leite pra ficar mais caudaloso.

Gostei muito!







segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Teste de personalidade

Por passatempo ou autoconhecimento, fazer este teste é bem legal

https://www.16personalities.com/br/teste-de-personalidade



 Meu teste resultou em Protagonista

terça-feira, 28 de julho de 2020

Curso de Escrita Acadêmica

Oportunidade preciosa!

É só se inscrever no canal da professora Rosana Pinheiro Machado para acompanhar as aulas. 



quarta-feira, 1 de julho de 2020

Receitinhas que amo!

É muito bom quando podemos criar algo agradável, que as pessoas gostem.
Cozinhar é assim: une útil (necessidade de comer) com o prazer de fazer algo saboroso. Se além disso conseguirmos fazer algo prático aí fica melhor ainda.Tem muita coisa gostosa e fácil de fazer, que trazem uma alegria alimentícia instantânea, porque além de deliciosas não usam muitos utensílios. Entre as minhas preferidas, por todos os motivos acima, estão essas duas:


Molho de Cenoura
(acompanhamento para alimentos fritos ou assados)

1 cebola
2 colheres de sopa de margarina
1 cenoura
1 caixa de creme de leite

Picar e refogar a cebola na margarina. Colocar a mistura no liquidificador e acrescentar o resto dos ingredientes. Bater e levar de volta ao fogo pra esquentar e servir.


Prestígio Cremoso 
(receita que minha cunhada Vivian ensinou)

1 caixa de leite condensado
mesma medida de leite
1 pacote de coco ralado
3 colheres de sopa de amido de milho

1 caixa de creme de leite
1 colher de sopa de margarina
7 colheres de sopa de achocolatado

Levar ao fogo os primeiros 4 ingredientes, mexer até ferver e despejar numa travessa pequena.
Na mesma panela colocar o resto dos ingredientes, levar ao fogo mexer até ferver, e despejar por cima do creme de coco.

Depois de frio, refrigerar. Servir gelado.

⚞ 😋 ⚟


sexta-feira, 12 de junho de 2020

É preciso nadar contra a corrente


Em Jesus nos tornamos novas criaturas, passamos a viver nova vida. Não somos mais obrigados a viver conforme os hábitos da carne e seus desejos. Como novas criaturas produzimos novos frutos, novas ações. Para essa mudança de vida acontecer é necessário ser tratado pelo Senhor.

Deus usa as dificuldades para trabalhar em nossas vidas e nos levar para mais perto dEle. Age nessas circunstâncias difíceis para moldar nosso caráter à semelhança do caráter de Jesus. Deus jamais chamou alguém para uma grande missão sem que esse escolhido passasse por uma profunda transformação moral. Nosso Pai é o agricultor que limpa todo aquele que dá fruto para que dê mais fruto ainda, João 15.2. Submeta-se a Ele, você sabe que vale a pena!

Como diz Efésios 4.22-32: “Abandonem a velha natureza de vocês, que fazia com que vocês vivessem uma vida de pecados e que estava sendo destruída pelos seus desejos enganosos. É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados. Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus, que se mostra na vida verdadeira, correta e dedicada a Ele. Por isso não mintam mais. Que cada um diga a verdade para o seu irmão na fé, pois todos nós somos membros do corpo de Cristo! Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro com raiva. Não deem ao Diabo oportunidade para tentar vocês. Quem roubava, não roube mais, porém comece a trabalhar a fim de viver honestamente e poder ajudar os pobres. Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem. E não façam com que o Espírito Santo de Deus fique triste. Pois o Espírito é a marca de propriedade de Deus colocada em vocês, a qual é a garantia de que chegará o dia em que Deus os libertará. Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades! Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês”.
           
Se quiser ir contra a maré, tem que fazer mais força!
Contrariar a velha natureza humana, acomodada e resignada que age segundo a ideologia deste século, é também assumir a responsabilidade de lutar contra as forças que tentam subjugar a igreja e impedir que a Bíblia seja pregada.

No entanto agir diferente da maioria não é uma tarefa simples. As portas não se abrirão automaticamente diante do cristão. É preciso combater o bom combate. Nadar contra a correnteza exige persistência, força e coragem. Sente-se pequeno? Ou fraco? Deus te fortalece! Ele adestra suas mãos para a batalha. 

Somos estimulados por II Coríntios 4.7-17: “Nós somos como potes de barro para que saibamos que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Às vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos gravemente feridos, mas não somos destruídos. Durante a vida inteira estamos sempre em perigo de morte por causa de Jesus. Tudo isso acontece para o bem de vocês, a fim de que a graça de Deus alcance um número cada vez maior de pessoas, e estas façam mais orações de agradecimento, para a glória de Deus. Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. Essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória eterna, maior do que o sofrimento”. 

Palavras vazias, decepções à vista!
Os filhos de Deus têm problemas como qualquer pessoa. Naturalmente buscamos soluções. Algumas estratégias comuns redundam em fracasso inevitável. Vejamos algumas:

1. Problema: Financeiro. Solução humana: Conseguir alta quantia de dinheiro.
Pessoas desequilibradas financeiramente e/ou endividadas, podem achar que se tivessem acesso a altos valores monetários, suas finanças ficariam bem. Assim adquirem empréstimos, apostam em jogos e buscam heranças ou dinheiro fácil. Esse é um círculo vicioso. Só o Pai Celeste é o provedor que sustenta nossa vida. Ele pode gerar bom senso e moderação nos corações.

2. Problema: Emocional ou sexual. Solução humana: Casamento
O remédio mais receitado para dificuldades na área sexual ainda é o casamento. No entanto ele não resolve a imaturidade emocional, promiscuidade, solidão ou homossexualidade. Na verdade, piora porque a pessoa não resolvida esperará que o cônjuge solucione tudo, se tornando também uma vítima daquela situação. Só o Criador de todas as coisas pode transformar as vidas, curar feridas, restaurar os sentimentos.

3. Problema: Traumas e desentendimentos. Solução humana: Tempo passar
Corações feridos por rompimentos, pelas perdas, por brigas não serão curados pelo tempo. Na verdade, ele só cristaliza a sensação de injustiça e as mágoas. Com o tempo se perpetuam sentimentos de que o outro é culpado pela dor vivida. Pode até ser. Mas uma pessoa ou situação isolada não é único responsável. Com o tempo, palavras podem ser distorcidas, mal lembradas, ressoar como ameaças. Só o Consolador pode sarar feridas da alma.
Só Deus pode endireitar nossas veredas, Provérbios 3.6. Confie nele e Ele vai completar a obra em sua vida, Filipenses 1.6. 




sexta-feira, 5 de junho de 2020

A Luz do mundo



As funções da luz são várias: iluminar, tranquilizar, orientar, consolar, afastar perigos... A luz é tão essencial à vida que foi primeira coisa que Deus criou, Gênesis 1.1. Deus criou nossos olhos com a capacidade de usar a luminosidade para enxergar, por isso sua ausência nos incomoda tanto. 

Contudo há um outro tipo de escuridão: as trevas espirituais. Para esse estado, o Criador igualmente apresenta solução. Isaías 9.2 diz que: “Sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz”.  Jesus é a resposta, Ele é a Luz do mundo. 

A Luz brilhou
O apóstolo João explica: “Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens. Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio Dele”, João 1.9, 10. Jesus se apresenta assim: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” e “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”, João 8.12 e 9.5. Quem crê em Jesus se torna um filho da luz, portanto deve refletir a Luz de Cristo, tal como a lua reflete a luz do sol. A lua não tem luz em si mesma, mas sua luminosidade, originada no sol, clareia a noite. Uma noite sem luar é mais do que uma noite escura: é triste!

Uma luz essencial
A expressão 'filho da luz' representa aquele que foi esclarecido pelo Senhor. Trata da pessoa que não está mais perdida, andando sem rumo, nem equivocada ou temerosa quanto ao seu destino final. Pelo contrário, foi iluminada pelo conhecimento da glória de Deus, I Tessalonicenses 5.5 e II Coríntios 4.6.

Em sua caminhada, o filho da luz sabe que precisa "levantar e brilhar, porque chegou a sua luz, e a glória do Senhor raia sobre você. Olhe! A escuridão cobre a terra, densas trevas envolvem os povos, mas sobre você se vê a sua glória. As nações virão à sua luz e os reis ao fulgor do seu alvorecer", Isaías 60.1-3.

O cristão, enquanto filho da luz, se torna alguém capaz de amar, pois as trevas se dissipam e nele brilha a verdadeira luz, I João 2.8-10. Quem está na luz, é misericordioso e trabalha para que outros enxerguem a salvação e recebam a Jesus Cristo como Senhor de suas vidas. Isso levanta uma questão: pode um cristão resplandecer enquanto permanece indiferente diante da necessidade dos que estão próximos dele? A resposta é não! Dessa forma, sua luz não brilharia intensamente, ficaria ofuscada! Isaías 58.5-10, ensina como tornar “sua noite como o meio-dia”. 

O filho da luz é referencial para aqueles que vivem uma noite sem fim. Assim, como observamos desde o nascer do sol, sua luminosidade chegar à maior intensidade ao meio dia, nosso testemunho cristão precisa ser desenvolvido, Provérbios 4.18. Isso só será possível se nossa fé for confirmada pelas obras de misericórdia típicas de um filho da luz, pois a fé sem obras é morta, Tiago 2.14-16. "Antes vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade", Efésios 5.8, 9

O filho da luz precisa, como João Batista, testificar da Luz do mundo, João 1.6-8. Como pequenas luzes que se multiplicam e trazem grande claridade, os cristãos iluminam o mundo. Somente através da vida e do testemunho dos filhos da luz é que os homens conhecerão ao Pai e o glorificarão, Mateus 5.16. A luz foi feita para iluminar! Como diz a canção, permita que sua luz, pequena ou não, brilhe mais e mais! Na sua vida e por onde quer que vá.

Luz que orienta
A luz dá direção por isso mesmo não pode se extinguir. Precisa ser alimentada, estar ligada numa fonte de energia. Da mesma forma, precisamos estar em comunhão com o Pai e com os irmãos. Deus é a fonte da luz: Ele criou a luz física e também enviou a Luz do mundo para iluminar nossas trevas. Sem Jesus, a Luz do mundo, nada podemos fazer! João 15.5. O Senhor é o único fornecedor do combustível que alimenta nossas lâmpadas. E, no trabalho conjunto com outros irmãos, cumprimos com maior precisão o propósito para o qual fomos criados. Precisamos ser unidos, trabalhar em sincronia e cumpriremos nossa função.

O Pai das luzes conta conosco para orientar os que vagueiam em busca do lar, seja atuando como um farol solitário que sinaliza aos navegantes ou como luzes de aeroporto, num esforço cooperativo, Tiago 1.17. Parece difícil, trabalhoso ser um filho da luz, mas no fim da jornada, há uma recompensa, há um descanso, no Reino Celestial. Os persistentes têm entrada garantida.

Vamos cumprir a vocação de luz que orienta o caminho para os perdidos e como farol que brilha à noite, ser usado ... em qualquer hora, em qualquer lugar.
            


Autoria da ilustração: Deborah Elise Montero, 10 anos, minha sobrinha. 
Belo trabalho, ideia maravilhosa.


quinta-feira, 28 de maio de 2020

Sugestões de leitura para interessados em educação cristã.


APOSTILA
Para professores de Bíblia, iniciantes ou veteranos, a capacitação é fundamental. Diploma de teologia, boa oratória e personalidade cativante são qualificações importantes para o magistério cristão, mas a realidade da sala de aula requer contextualização e conhecimento das técnicas de ensino também. Além dos professores, a equipe pedagógica e a liderança da igreja devem conhecer as peculiaridades da educação cristã a fim de planejar e promover ações educativas eficazes e combater a evasão dos aprendizes.

Há muitos excelentes livros, sites e periódicos, para formar novos professores e proporcionar formação continuada aos mais experientes. A partir desse material foi preparada a apostila Reflexões sobre Educação Cristã que reúne os principais tópicos da pedagogia bíblica numa compilação do pensamento e práticas de diversos expoentes da didática aplicada à instrução cristã. 

Site dedicado ao compartilhamento do conteúdo da apostila: 
📓 https://cinolicosva.wordpress.com/



LIVRO
O aprendizado bíblico colaborativo é mais instigante e agradável quando comparado às aulas ministradas exclusivamente por preleções unilaterais. 

Para professores curiosos e equipes pedagógicas que desejam fugir da rotina da sala de aula na escola dominical, o livro Projetos Colaborativos para EBD, foi escrito para auxiliar na elaboração de projetos pedagógicos envolventes. Contém reflexões sobre as necessidades do público contemporâneo, sugestões de programas alternativos para estudos bíblicos enquanto provoca no leitor o desejo por conhecer mais a Palavra de Deus através das atividades propostas. 

Site de divulgação do livro: 



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Somos Árvores!





Essa mensagem é um estímulo às boas obras, Hebreus 10.24. 

Parafraseando o apóstolo João em sua primeira carta, capítulo 2, verso 21: Não falo a vocês porque não conhecem a verdade, mas porque a conhecem e nenhuma mentira procede da verdade. Os filhos de Deus conhecem a verdade, pois foram libertos pela verdade, João 8.32.

O Salmo 15 diz: Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar, que nenhum mal faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo, que rejeita quem merece desprezo, mas honra os que temem ao Senhor, que mantém sua palavra, mesmo quando sai prejudicado, que não empresta o seu dinheiro visando lucro nem aceita suborno contra o inocente. Quem assim procede nunca será abalado


UAUUUU! Que palavra direta e reveladora. Papo reto, sem sutileza ou eufemismos.
Quem terá o privilégio de passar a eternidade com o Senhor? A resposta é muito clara, vai direto ao alvo: nossa mente, nosso lado racional. Começamos a pensar em nosso comportamento, naquilo que temos feito... há muito o que se meditar nesse texto, mas quero focar num aspecto: a integridade no falar.

Mais características dos filhos de Deus, encontramos no sermão do monte, Mateus capítulos 5 a 7. É um resumo do código de conduta dos cidadãos do Reino de Deus. Ao fim do discurso Jesus diz que toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, Mateus 7.17-21. Sendo assim, a verbalização do que se passa no coração (sentimento) e na mente (pensamento) será bom ou mau. Não há espaço para relativização ou atenuantes.



Somos árvores! No caso dos justos, os troncos estão plantados na Casa de Deus, no seu santuário. Como árvores postas à beira de águas abundantes, produzem frutos bons e na estação própria, Salmos 92.13-15 e 1.3.

Felizmente, para discernir o que é bom ou mau, temos a Palavra de Deus como bússola que orienta a caminhada cristã. Até mesmo questões modernas, inexistentes há dois mil anos, são elucidadas pelos princípios bíblicos. Sendo o assunto dessa reflexão a integridade no falar, a ênfase será na honestidade, ou não, das informações que compartilhamos.

Fato é que a Bíblia está repleta de ensinamentos sobre sinceridade, a verdade das palavras, alertas contra a hipocrisia, a língua enganosa e lisonjeira. As Escrituras também fazem apologia ao linguajar sadio, santo, temperado com sal (purificado). Tiago comenta que a língua é órgão incendiado pelo inferno. Usando a mesma analogia das árvores e seus frutos que Jesus apresenta no sermão do monte, fala que plantas só produzem frutos segundo sua espécie. Foi além, quando explicou que é impossível uma fonte dar água salgada e doce ao mesmo tempo, Tiago 3.11, 12. A palavra do cristão deve ser sim, sim ou não, não, Mateus 5.37. Não há espaço para “eu não sabia que faltar com a verdade era pecado”. Também não se pode compartimentalizar a conduta cristã. Ou seja, ser fiel em algumas áreas, noutras nem tanto...

Pedro, um dos apóstolos mais chegados a Jesus, afirmou que a profecia de Isaías 53 se cumpriu plenamente pois na boca do Mestre: nunca nenhum engano foi encontrado, I Pedro 2.22. Sendo assim, como poderíamos pensar que algum tipo de mentira pode ser admissível para um seguidor de Jesus? Não nos confundamos, não existe ‘mentira branca’ ou mentirinha. Pelo contrário, Jesus disse que Satanás é o pai da mentira, João 8.44: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira”. Mentira não é um atributo de Deus. Números 23.19a: Deus não é ser humano para que minta, nem filho do homem para que se retrate (arrependa). É simples: Ele não mente. Assim, quando mentimos estamos nos portanto como filhos de quem? Somos filhos de Deus, andemos como filhos de Deus: em verdade! III João vv.4.

Mentiras faladas ou escritas são pecados. Seja qual for o objetivo quando uma pessoa mente, ela está pecando. Se um cristão mente desagrada a Deus e contraria a vocação de filho de Deus. Todos sabemos disso, mas a verdade é que mentiras são divulgadas através das redes sociais e compartilhadas até pelos crentes. Só que, por vários motivos, elas roubam a nossa paz.

Primeiramente porque assustam as pessoas ou causam revolta.

Em segundo lugar, podem provocar ações perigosas como violência, pânico, atitudes precipitadas.

Para piorar, afasta a pessoa da presença de Deus porque é pecado. Isso dá legalidade para o inimigo de nossas almas agir.

Por último, causam irritação no destinatário que recebe uma notícia falsa. Quantas vezes já pensamos: “- Ah não, mais uma fake news!”.

Fakes news não é uma invenção do 2º milênio, começou no Éden com Satanás. Ele mentiu e enganou Eva. Usou elementos verdadeiros, mas distorceu a verdade. Entregou uma notícia falsa para Eva: você pode ser como Deus. Está em Gênesis 3.1, 4 e 5. Isso é um sofisma, um argumento capcioso que tem aparência de verdade, algo distorcido.

Sobre isso, o conselho de Paulo de Tarso em Efésios 5.6-16, tem um peso enorme: Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros. porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade , justiça e verdade); Aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta. por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. 

Verdadeiramente o Senhor inspirou Paulo a escrever ao povo de Éfeso mas suas palavras são também para nós, nesses tempos trabalhosos de 202o. Sim ,pois parece que ele está vivendo conosco nesse tempo presente. Temos sido inundados com fake news. Somos estimulados a divulgar mensagens escandalosas e preocupantes. muitas vezes os argumentos tem aparência nobre: para ajudar alguém, para desmascarar ou impedir algo. As motivações para criação e disseminação de fake news incluem intenção de defender um posicionamento por má interpretação de fatos, ignorância ou confiança simplória.

Existe também dolo, com propósito de espalhar desinformação. Quem dissemina notícias falsas pode cometer difamação, calúnia. Judicialmente, esses crimes preveem punição que pode incluir indenizações e detenção. Por isso antes de compartilhar, o correto é analisar se o conteúdo é verdadeiro e agradável. No aspecto verdadeiro vamos ponderar: quais as fontes? Qual o propósito? A quem se destina? No quesito agradável, vai trazer edificação? Vai alarmar, angustiar? Vai fortalecer um comportamento de rebeldia? Pode provocar atitudes precipitadas? Tem respaldo científico ou testemunhas idôneas podem comprovar a veracidade? Os acontecimentos relatados e os resultados das ações podem ter interpretação dúbia? Isso é necessário porque fake news são sempre danosas, especialmente nos momentos de crises e incertezas


Refletir nessas questões provavelmente impedirá de cairmos na cilada de passar adiante notícias falsas.



Porém, infelizmente, há quem acredite em informações absurdas só porque acham que tudo é possível, vindo de alguma direção. O motivo porque muitos caem nas armadilhas é porque idolatram alguém ou uma causa. Aceitam tudo que vem deles sem filtro, nem criticidade. Por outro lado, a ingenuidade, a desconfiança e o ódio por algo, levam as pessoas a serem enganadas e manipuladas. Há uma sabedoria diabólica para criar obras perversas. Existem pessoas que mentem, tem ambições egoístas, ações maliciosas, sentimentos facciosos Tg 3.14-16. É preciso reconhecer que muita gente não tem escrúpulos e inventa mentiras. Compartilhar as mentiras deles nos faz cúmplices, associados, Efésios 5.7, 11. Os remetentes, inclusive, encorajam o compartilhamento com o maior número de pessoas. Se fizermos isso, espiritualmente seremos filhos do Diabo. É pesado mas é real.



Na carta aos gálatas, Paulo se mostra surpreso pelos irmãos abandonarem a fé elementar e admitirem um comportamento diferente do que haviam aprendido. Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade? Tal persuasão não provém daquele que os chama. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Gálatas 5.7-9. Pensando bem, vemos que pequenos erros não são inofensivos. Sejamos irrepreensíveis: Se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus não poderemos entrar no Reino dos céus Mateus 5.20. Ou seja, temos que nos comparar com o modelo de perfeição humana, Jesus, que não abrigava engano em sua boca. Efésios 4.13 diz que precisamos chegar à estatura de varão perfeito. 


No AT Aimaás era um mensageiro que atuou durante um período no reinado de Davi. Parece que ele era fissurado em repassar notícias, II Samuel 18.19, 22. Uma pergunta pertinente: será que estamos com a síndrome de Aimaás? Será que temos tanta pressa de divulgar novidades que nem discernimos se são boas ou ruins, verdadeiras ou falsas? Está certo que temos sido inundados de informações e notícias. As crises se avolumam e estamos mergulhados nelas. O que nos leva a desabafar, querer dividir descobertas. Mas é necessário ter equilíbrio. Alguns conselhos procure realizar tarefas novas, distrações, leituras. Tudo isso para que não fiquemos sufocados com as notícias que nos chegam. Sem dúvida são preocupantes, porém podemos mudar algo? Não andeis ansiosos com coisa alguma diz Paulo em Filipenses 4.6. Isso nos reconduz ao sermão do monte, ao trecho sobre a solicitude da vida, Mateus 6.25-34. As mentiras que ajudamos a espalhar são inimigas da paz e contrárias às boas notícias, Os pés formosos são daqueles que anunciam boas novas, não dos que contam falsas novidades, Isaías 52.7 e Romanos 10.15

Interessante que há pessoas querendo combater aquilo que julgam perigoso ou condenável com armas das trevas. O rei dos moabitas, Balaque, temeu os hebreus. Ao ouvir da fama de Israel que passava vitorioso sobre as terras de outros povos, arquitetou estragema sujo para derrotá-los. Ele usou armas carnais. Não deu certo. Em contraste temos o exemplo de Ezequias. Esse rei temente a Deus, diante de ameaça de ataque de Senaqueribe, monarca cuja reputação intimidava os adversários, buscou ao Senhor e instou o povo a crer no agir de Deus, II Crônicas 32.8. Uma diferença enorme. Então, que fazer diante de ameaças? Lutar com armas carnais é que não... porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas, II Coríntios 10.3, 4. 

Não se combate o mal com mal, não é o modo de agir do cristão. Ao presenciar ações malignas não podemos nos omitir, porém nada na Palavra de Deus nos autoriza a criar enganos, divulgar mentiras para desmoralizar ninguém. Numa carta ao pastor Tito, Paulo diz: Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom, não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens, Tito 3.1 e 2. Calúnia é uma acusação falsa que fere a honra ou a reputação, juridicamente falando. É mentira, invenção, embuste.

Segundo o dicionário, caluniar é ofender com calúnias, difamar por meio de acusações, conscientemente, falsas. Vivemos tempos trabalhosos com abundância de pessoas caluniadoras, afaste-se deles, recomendou Paulo, II Timóteo 3.1-3. Se as redes sociais te fazem tropeçar, se provocam ansiedade, se roubam sua paz, dê um tempo! Afaste-se delas. A paz do Senhor seja o árbitro do nosso coração, Colossenses 3.15.



Em Naum 3.1, vemos o motivo para a destruição de Nínive: punição para a capital do perverso império assírio. Chama atenção as palavras 'cidade cheia de mentiras'. Na versão NVI  'repleta de fraudes'. Como a iniquidade se multiplica em terra propícia. O fermento levedando a massa... abismo que chama outro abismo... Salmo 42.7. Onde há engano a malignidade se multiplica!

Resumindo, a pressa em repassar notícias pode trazer problemas sérios: processo judicial, perseguição, vergonha, inimizades, falta de paz. Porém, quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo... Efésios 4.22-25. Abandonemos comportamentos perniciosos: livrem-se de toda a maldade, engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência, I Pedro 2.1. Quem é santo, santifique-se mais ainda, Apocalipse 22.11,

Quem habitará no santuário de Deus? Aquele que fala a verdade e não usa a língua para difamar, não lança calúnia contra o seu próximo! 


A canção do pregador Luo, “Árvore de bons frutos”, conclui essa reflexão:
Árvore que não produz fruto só serve pra queimar e virar cinza na fogueira

Eu vou fazer tudo que a palavra diz pois machado nenhum vai cortar a minha raiz! Jesus é o jardineiro e as árvores somos nós.



Fontes de pesquisa:

domingo, 26 de abril de 2020

Ouvir a voz de Deus produz paz mesmo em tempos difíceis.




A paz do Senhor em tempos difíceis





A paz do Senhor! 


Acredito que a melhor forma de iniciar uma conversa é com o desejo de que o outro tenha a paz que excede todo o entendimento. A saudação shalom, paz em hebraico, é recheada de desejos pelo bem estar completo do ouvinte (prosperidade, saúde, bênçãos, relacionamentos harmoniosos). A expressão grega eirene, usada no NT, tem um sentido mais espiritual pois está ligada ao Senhor Jesus. O apóstolo Paulo escreve que essa paz guarda os corações e os pensamentos, Filipenses 4.4-7 NVI:
Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor! Não nadem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de cristo, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.
 
Cultivar alegria no Senhor, ser amável com os outros, ter paciência e apresentar a Deus as necessidades, gera em nós a paz perfeita que vem do Senhor. Essa paz não é uma sensação (algo volátil, que evapora) porque a fé no Senhor cristaliza a paz para os filhos de Deus. Não é momentânea, passageira. É incondicional, pois não depende de circunstâncias, das condições que cercam a pessoa. A paz do Senhor é real, não atua como uma anestesia que ilude sobre a seriedade da situação presente. A paz do Senhor se dá na consciência, na razão. Não é como a ignorância de quem desconhece a conjuntura. Também não consiste na negação de quem finge que nada acontece, como se a pessoa vivesse numa realidade alternativa, que não sofre as consequências do tempo real. A paz é como um fruto que se colhe na vivência cristã, Gálatas 5.22, a partir do cultivo, Efésios 4.3 e Tiago 3.18.  

Paz é característica dos filhos de Deus, disse Jesus no sermão do monte, Mateus 5.9. Noutra ocasião, Jesus instruía seus discípulos que visitariam aldeias para levar as boas notícias do Reino de Deus. Recomendou que cumprimentassem as pessoas com a paz (desejos de bem estar completo), Mateus 10.12. Afinal, eles estavam levando boas notícias: a paz espiritual que se recebe pela redenção era agora realidade para todos. E como é agradável receber aqueles que proclamam a paz e anunciam as boas notícias da salvação!, Isaías 52.7. 

Contraditoriamente, é comum que as pessoas foquem o lado ruim das coisas. Essa atitude abate, desmotiva, revolta. Prova disso são as notícias preocupantes sobre a pandemia do novo coronavírus que surpreendeu o mundo nesse ano de 2020. Entramos num período de incertezas e aflição. A sociedade ficou agitada com perdas de vidas pela doença e as implicações socioeconômicas disso tudo. A vida mudou. Em consequência, planos foram adiados, alguns cancelados. Se acumulam inquietações. 

A quarentena é uma estratégia para diminuir a propagação de doenças. É um período de isolamento que garante que um ser vivo ou ambiente está livre da contaminação por germes (ou pelo menos mais seguro). Antigamente esse ciclo durava 40 dias. Hoje, o termo representa o tempo de espera (variável, de acordo com o micro organismo temido). A recomendação de  quarentena tem propósito de evitar um grande número de afetados simultâneos. Durante a espera há uma aparente calmaria. Abaixo da superfície os temores agitam, sufocam. Os acontecimentos presentes são inéditos para nós. Ficamos chateados, perturbados, revoltados, às vezes temerosos. 
Sabemos, no entanto, que a ansiedade não pode reverter nenhum quadro. O único remédio é justamente o oposto, se aquietar e lembrar que o Senhor Deus é uma torre segura e presente, Salmo, 46.10 e 11. O Senhor, nosso pastor, nos conduz através de águas tranquilas. Se elas se agitarem, Ele tem poder para aquietá-las. É preciso reconhecer que Deus está no controle. Ou não está? Ele deixou de ser onisciente e onipotente? Não, Ele é o mesmo, Ele não muda! Malaquias 3.6. A paz de Cristo nos envolve a ponto de ficarmos perplexos, mas não desesperados, abatidos mas não destruídos, II Coríntios 4.8 e 9. 

Observamos que, na Bíblia, o contexto em que alguns números ocorrem indica uma situação típica. O numeral 40, é um exemplo. Ele aparece em referências ligadas a um cenário de provação, tentação, aflição, expectativa. Alguns exemplos: 
- Foram 40 dias e noites de chuva durante o dilúvio;
- Durou 40 anos a peregrinação dos israelitas no deserto;
- Por 40 dias após a ressurreição, Jesus preparou seus discípulos para sua ascensão, enquanto isso, eles esperavam o Consolador prometido.
Para mim, mais impressionante sobre esse número, é o exemplo de Jesus. Voluntariamente se colocou em isolamento social por um período. Passou uma quarentena no deserto! O que Ele fez nesse tempo? A resposta está em Mateus 4.1-11 e Lucas 4.1-13: Ele usou esse tempo para jejuar e orar.
Dias antes, pediu a João Batista que o batizasse. O pregador achou desnecessário, afinal Jesus não tinha pecados para se arrepender e o batismo representa a purificação da carne e da consciência. Mas Jesus respondeu: “deixa assim para que se cumpra toda a justiça”, Mateus 3.15. Nos deixou o exemplo: seguiu todas as prescrições. Jesus estava para iniciar seu ministério. Fez tudo conforme a lei. Encerrado o período da quarentena, começou a pregar o arrependimento dizendo que o reino de Deus havia chegado. No livro de Lucas 4, versículos 17 e 18, ele vai à sinagoga, pega o rolo com a profecias de Isaías e lê o capítulo 61: o Espírito do Senhor me ungiu para pregar as boas novas e curar aos quebrantados de coração, proclamar libertação aos cativos. Ordeiro, cumpridor das leis, Jesus não tropeçou em nada, por isso Ele manteve o curso de sua missão, mesmo quando a situação era humanamente desfavorável.


Igualmente, podemos imaginar os motivos de Deus para nos por nesse estado de espera. E ao invés de ficarmos sentido tolhidos, prisioneiros, podemos nos comparar com o Senhor e aproveitar para orar, jejuar, testar e ampliar nossos conhecimentos bíblicos. Não é sensato estarmos ansiosos por coisa alguma, antes tornemos conhecidas do pai nossas preocupações. E façamos orações por todos os homens e governantes, como dizem as Escrituras, I Timóteo 2.1 e 2. Por que teríamos pressa para sairmos desse "retiro espiritual"? Para recuperar o tempo perdido? Para minimizar as perdas financeiras, para dar continuidade aos projetos, ou porque queremos matar a vontade de fazer aquilo que temos sido privados?
No tempo que Jesus passou em quarentena, o diabo o tentou. Três tentações foram descritas: oferta de pão, incitação a pular de lugar alto e convite à adoração inapropriada em troca de riquezas. Nosso Senhor rejeitou a todas. Não foi rebelde para trocar a aprendizagem daquela quarentena por prazeres. No tempo presente, em confinamento, muitos tem expressado 3 vontades semelhantes: 
1) Comida (fome ou desejos por algo que apetecem); 
2) Passeios, convívio social, curtição, aventuras;
3) Anseios por bens/coisas sem as quais não conseguimos viver (serão ídolos?).  
Por acaso esses são os objetivos da vida: cumprir os desejos íntimos? Abstinência nos tira a paz? Se somos cristãos e pensamos que a resposta para as perguntas acima seja 'sim', algo está errado. E quanto ao Reino de Deus e sua justiça, sentimos o vazio na obra de Deus? Estamos prontos a sair para pregar o evangelho, assistir os necessitados e libertar encarcerados? Tomara que algo novo, uma nova perspectiva nos conduza a uma nova atitude. Que a gratidão, mais disposição, ousadia e zelo nos acompanhem na vida pós-quarentena. 

É curioso que o Salmo 40 seja conhecido como um "convite à paciência". Segundo o salmista, no tempo que Deus quis, Ele o deixou livre. Esse texto bem pode ser chamado de "o salmo da 40tena". Por fim, podemos brincar que o ano de 2020 é mesmo o ano da quarentena, afinal, 20 + 20 = 40!

Brincadeiras à parte, Jesus deixou um exemplo. E nós que somos seus discípulos, fomos enviados para pregar as boas novas e levar a paz do Senhor aos corações. Que saíamos do confinamento em nosso cenáculo, cheios do Espírito Santo pregando o arrependimento e o perdão de Deus como os discípulos em Atos 2.
Nossa missão é anunciar aquele que é Jeová Shalom, Teos tes Eirenes, Deus de Paz! 
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

Filipenses 4:7

Esse post é embalado ao som da canção Paz no Vale, na voz do Gunnar Camargo. Autor do vídeo: Jair Barreto
 

Bíblias consultadas:
Bíblia de Estudo Arqueológica  Ed. Vida
Bíblia Online
Novo Testamento Interlinear Grego-Português SBB 

*Atualização: em 03/05/2020 encontrei o artigo 'Dubrovnik, a cidade medieval planejada para a quarentena'. Leitura interessante. Para mais informações sobre o tema: